
Uma criança de 7 anos morreu em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O caso aconteceu um dia depois de Luis Ricardo Lima dos Santos ser atendido e receber alta no CIS (Centro Integrado de Saúde).
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A família do menino afirma que houve negligência no atendimento médico, já que a criança tinha histórico de problemas intestinais, e que o quadro não teria sido tratado com a devida atenção.
A Prefeitura de Itajaí confirmou que instaurou um processo administrativo para apurar o caso e informou que a profissional responsável pelo atendimento foi afastada por até 30 dias, prazo que pode ser prorrogado.
Segundo a administração municipal, trata-se de um procedimento padrão, que tem o objetivo de esclarecer todos os fatos antes de qualquer julgamento sobre a conduta dos servidores envolvidos.
Família relata demora e falhas no atendimento
Em entrevista ao portal ND Mais, familiares contaram que o menino foi levado ao CIS na manhã de 28 de outubro após se queixar de dores abdominais. A avó percebeu o desconforto enquanto trocava a fralda do neto.
O tio de Luís Ricardo, Willian Ricardo Pranger Lima, relatou que deixou a mãe e o sobrinho na unidade de saúde por volta das 7h30. A mãe informou, por mensagens, que o atendimento aconteceu somente por volta das 9h e que o menino desmaiou após receber a medicação.
“Como a doutora já conhecia ele, não falaram nada. Só olharam e viram que ele estava todo cagadinho. Já botaram na cabeça que era uma diarreia ou uma virose. Mas o guri tinha problemas no intestino e a médica sabia. Como é que vai ser virose ou diarreia?”, questionou.
Após receber soro, a criança foi liberada por volta do meio-dia e voltou para casa, no bairro Cordeiros. Segundo os familiares, ele passou o dia muito fraco e sentia dores durante a noite.
Parada cardíaca e morte em casa
Na manhã seguinte, 29 de outubro, a avó foi trocar a fralda do menino e percebeu que ele não reagia. O avô tentou acordá-lo, mas encontrou o neto caído no chão.
“Meu pai chamou pelo Ricardo, mas ele não respondeu e acabou encontrando ele caído no chão. Eu acordei com os berros da minha mãe e vi o meu pai dando os primeiros socorros. Nós pegamos ele nos braços e levamos até os bombeiros. Eles fizeram de tudo para salvar o Ricardo, mas já tinha dado a primeira parada cardíaca em casa já fazia 10 minutos. Ele estava mortinho. Tentaram reanimar ele, mas não teve volta”, narrou o tio. A família registrou um boletim de ocorrência.
A família registrou um boletim de ocorrência.
Prefeitura apura o caso
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí lamentou a morte da criança, manifestou solidariedade à família e informou que uma investigação interna foi aberta para apurar eventuais falhas no atendimento.
“O pequeno foi atendido prontamente por uma médica pediatra experiente, efetiva com mais de 20 anos de experiência na rede e que seguiu rigorosamente os protocolos institucionais, dedicando-se integralmente ao seu cuidado. Em situações tão delicadas, a secretaria compreende a necessidade de total clareza e que a complexidade do ocorrido seja plenamente compreendida, respeitando o profissionalismo de nossos colaboradores e a dor da família”, frisa a nota.
Com informações de ND+.

