Operação do Gaeco apura fraude à execução e lavagem de dinheiro em Lages

Cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela operação “Argentum Occultum”
Por: Redação Jovem Pan News
em 04/11/2025 às 11:15 - Atualizado há 6 horas.
Operação do Gaeco apura fraude à execução e lavagem de dinheiro em Lages
Foto: MPSC/Divulgação

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) deflagrou a operação “Argentum Occultum” na manhã desta terça-feira (4). O objetivo é combater a ocultação de patrimônio e fraude à execução de sentença, que é decorrente de prática de atos de improbidade administrativa, além de afrontar o enriquecimento ilícito.   

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Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no município de Itapema, expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Lages. Ainda nesta terça, deve ser feita a apuração dos crimes de lavagem e/ou ocultação de bens, falsidades diversas e fraude à execução. 

Um dos investigados é o ex-diretor geral de Recursos Humanos do Município de Lages. De 2009 a 2010, ele teria usado o acesso privilegiado à folha de pagamento para alterar contracheques e provocar um prejuízo estimado, à época, em cerca de 380 mil reais aos cofres públicos.

A investigação apontou que o executado ocultou valores, bens e direitos, utilizou familiares em atos de lavagem de dinheiro e agiu deliberadamente para não cumprir a condenação judicial, evitando assim reparar o prejuízo causado ao erário e aos cofres do Município de Lages.

O valor apurado perante a Vara da Fazenda Pública, em 2021, correspondia a R$ 1.841.119,84, atualizado em 2025 para o montante de R$ 2.685.701,42.

O nome “Argentum Occultum” foi escolhido em referência à expressão em latim que significa “Prata Oculta” ou “Prata Secreta”, em alusão à conduta do investigado, que teria escondido valores, bens e direitos utilizando familiares em atos típicos de lavagem de dinheiro.

Os itens apreendidos serão encaminhados à Polícia Científica, que realizará exames e emitirá os laudos periciais, posteriormente analisados pelo Gaeco. As investigações tramitam sob sigilo.

* Por Ana Horst

Sob supervisão de Jéssica Schmidt