
Hudson Pinheiro Martins Cipriano, adolescente de 17 anos, foi morto pela Polícia Militar de Santa Catarina durante uma operação no Morro do Mocotó, região central de Florianópolis, durante a noite de sexta-feira (13). A versão oficial, comunicada pelo 4º Batalhão, é de que a vítima estaria armada e efetuado o primeiro disparo contra os policiais, que retornaram fogo. A família do jovem populares que acompanharam o caso contestam a versão – afirmando que ele não tinha envolvimento com o crime organizado.
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Em nota, o 4º BPM afirmou que, “como de praxe nos casos de confrontos, foi instaurado Inquérito Policial Militar para apuração dos fatos”. Como reação, houve manifestação organizada pela comunidade, que contesta a versão dada pela PM. Conforme apurado pela reportagem, o jovem não possuia antecedentes criminais.
“Ele não tinha crime nenhum. Simplesmente, era um guri inocente. A minha mãe não consegue falar, minha família, ninguém consegue. Eu não tive força ainda. Foi vítima e eu quero justiça”, afirmou um familiar.
Hudson participava do projeto social “Tem Capoeira No Samba” – a organização usou as redes sociais para lamentar a perda de “Sagu”, como era conhecido.
“Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares e amigos, desejamos força, união e conforto. Sagu era um menino alegre e extrovertido, que contagiava a todos com seu sorriso e sua energia. Que sua memória traga paz e conforto aos corações de todos”, escreveu o projeto social na publicação.
O que disse a Polícia Militar de Florianópolis
A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), por meio do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), informa que, na noite de sexta-feira, 12, foi registrada uma ocorrência envolvendo confronto armado com resultado morte, na comunidade do Morro do Mocotó, no bairro Centro, em Florianópolis. Conforme os relatos iniciais:
1 – As guarnições do TÁTICO e da ROCAM deflagraram uma operação coordenada com o objetivo de coibir o intenso tráfico de drogas e a atuação de facções criminosas na região;
2 – Durante a incursão, um indivíduo confrontou os policiais, que realizaram disparos de arma de fogo em legítima defesa para cessar a injusta agressão;
3 – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, comparecendo ao local para os procedimentos cabíveis. O médico realizou o primeiro atendimento e constatou o óbito do suspeito;
4 – A Polícia Científica e a Delegacia de Homicídios estiveram no local para os procedimentos periciais. Os materiais relacionados à ocorrência foram recolhidos e encaminhados à Central de Plantão Policial (CPP);
5 – Como de praxe nos casos de confrontos, foi instaurado Inquérito Policial Militar para apuração dos fatos.

