
Com estimativa de 3.860 novos casos de câncer de mama em Santa Catarina em 2025, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), sendo 340 novos diagnósticos em Florianópolis, o mastologista Marcelo Prade faz um alerta: prevenir a doença vai muito além do autoexame e dos exames de rotina. Segundo ele, o estilo de vida é um dos principais fatores de proteção, e que precisa ser levado a sério todos os dias do ano, não apenas durante o Outubro Rosa.
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Especializado em mastologia e reconstrução mamária desde 2021, o médico destaca que a medicina já permite identificar lesões antes mesmo da formação de nódulos. “Mas isso só é eficaz quando há acompanhamento médico e, principalmente, quando a paciente adota hábitos saudáveis”, afirma.
Entre as atitudes que ajudam na prevenção, o médico cita a redução do consumo de embutidos, alimentação mais natural, controle de peso e prática regular de atividades físicas. “São medidas simples, mas que fazem diferença real na saúde da mama”, reforça.
Ações preventivas
Durante o Outubro Rosa, campanhas incentivam o autoexame e exames como mamografia e ultrassom. No entanto, Prade lembra que esses cuidados devem ser mantidos ao longo do ano.
“É comum em outubro, graças às campanhas, falar sobre a doença com mais incidência em mulheres, depois do câncer de pele não melanoma. Mas o cuidado precisa ser contínuo”, explica o médico que faz parte da equipe de mastologia do Cepon, em Florianópolis.
O médico compartilha que além dos profissionais na área da oncologia e mastologia, é fundamental o apoio de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, radiologistas, radioterapeuta e terapia ocupacional.
Prade também destaca que é fundamental desmistificar tabus, um deles é que a doença pode afetar também os homens. Por isso, o incentivo e a realização de exames podem ajudar no diagnóstico precoce e aumentar a qualidade de vida do paciente até a cura da doença.
Autoestima e reconstrução da mama
Com os avanços da mastologia, a retirada total da mama deixou de ser regra. “Hoje, muitas pacientes podem passar por cirurgias menos invasivas, com recuperação mais rápida e preservação da forma da mama”, afirma Prade.
Nos casos em que a reconstrução é necessária, técnicas como mamoplastia, prótese de silicone, lipoaspiração e enxerto de gordura ajudam a restaurar a autoestima. “A feminilidade é profundamente impactada pelo tratamento. Por isso, investimos em tecnologia e acolhimento para minimizar essas marcas e devolver qualidade de vida”, conclui.