
Santa Catarina tem 62.209 focos do Aedes aegypti – mosquito vetor da dengue, espalhados em 263 municípios. No total, 184 deles são considerados infestados. Os dados foram coletados pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) e divulgados na última semana. Segundo o relatório, 21 pessoas morreram em decorrência da doença em 2025 e outras três estão sob suspeita.
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Os números levantados apontam que desde o início do ano foram contabilizadas 134.231 notificações de dengue, das quais 25.734 foram consideradas casos prováveis.
A maior parte dos óbitos aconteceu em Itajaí – onde foram confirmadas cinco mortes entre abril e junho. As vítimas tinham entre 61 e 83 anos. Em Itapema, quatro pessoas infectadas faleceram entre abril e maio deste ano. As vítimas tinham entre 47 e 81 anos de idade.
Florianópolis teve três óbitos por dengue, todos entre maio e julho, com vítimas entre 48 e 98 anos. No Estado, a vítima mais jovem foi registrada em Descanso, no extremo-oeste – um adolescente de 17 anos que não resistiu à doença.
Segundo o diretor da Dive, João Augusto Fuck, a Secretaria de Estado de Saúde aplicará medidas emergenciais de controle ao mosquito – sendo essencial a colaboração da sociedade.
“O avanço das arboviroses em Santa Catarina resulta de uma combinação de fatores ambientais e comportamentais. As condições climáticas atuais favorecem a reprodução do Aedes aegypti e, ao mesmo tempo, ainda enfrentamos desafios para que a população mantenha práticas preventivas de forma contínua. O enfrentamento é complexo: não basta eliminar criadouros, é preciso manter a vigilância permanente e fortalecer o engajamento de todos. A dengue já faz parte do nosso cenário epidemiológico e demanda uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a comunidade”, destaca João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
Combate à dengue
Para evitar a proliferação do mosquito, a Dive orienta medidas a serem tomadas pela população a fim de eliminar possíveis criadouros do animal. São elas:
- Evitar água acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafa, copos e latas;
- Não manter materiais descartáveis sem uso em pátios e terrenos;
- Tratar piscinas com cloro ou esvaziá-las completamente se estiverem fora de uso;
- Manter lagos e tanques limpos, ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lavar vasilhas de animais com escova e sabão ao menos uma vez por semana;
- Usar areia nos pratos de plantas e remover a água acumulada em folhas duas vezes por semana;
- Manter lixeiras sempre tampadas e armazenar pneus em locais secos e cobertos.
Chikungunya
Além da dengue, o mesmo mosquito também é vetor do chikungunya. De acordo com o levantamento, Santa Catarina soma 2.799 notificações, sendo 840 casos prováveis e 699 confirmações por exames posteriores.
É um aumento de 577% em relação ao mesmo período de 2024. Até o dia 1 de dezembro, quatro mortes pela doença foram confirmadas em Santa Catarina.

