A rede municipal de saúde de Biguaçu, na Grande Florianópolis, já beneficiou 2,1 mil mulheres desde 2023 com a aplicação gratuita do Implanon, um método contraceptivo subdérmico considerado um dos mais eficazes do mundo. A iniciativa pioneira no Brasil será ampliada a partir de outubro, quando o SUS (Sistema Único de Saúde) passará a oferecer o implante também em outros municípios catarinenses e em mais cinco estados.
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O Implanon mede quatro centímetros de comprimento e dois milímetros de diâmetro e é aplicado no braço, por profissionais de saúde, com efeito de até três anos. O método é mais eficaz que a laqueadura e o DIU hormonal e, na rede privada, pode custar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
Expansão em Santa Catarina
Em 19 de setembro, o Ministério da Saúde recebeu 100 mil unidades do implante, que começarão a ser distribuídas em outubro para Santa Catarina, Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Roraima. A SES (Secretaria de Estado da Saúde) não detalhou quantas unidades virão ao estado neste primeiro momento.
Segundo a pasta, o público-alvo inicial são adolescentes e mulheres entre 14 e 49 anos, com foco na prevenção da gravidez precoce e em populações em situação de maior vulnerabilidade social.
No dia 23 de outubro, médicos, enfermeiros e gestores da Atenção Primária à Saúde de 35 municípios catarinenses com mais de 50 mil habitantes participarão de uma oficina prática de qualificação para inserção do implante. Após o treinamento, a distribuição será organizada para que os municípios iniciem a oferta gratuita, seguindo as diretrizes pactuadas entre Ministério da Saúde, SES e prefeituras.
Como funciona o Implanon?
- Implante subdérmico que atua por até 3 anos.
- Pode ser retirado a qualquer momento, com retorno rápido da fertilidade.
- Classificado como LARC (contraceptivo reversível de longa duração), por não depender do uso diário como anticoncepcionais orais ou injetáveis.
- Considerado mais eficaz que a laqueadura e o DIU hormonal.
Além do Implanon, o SUS já oferece outros métodos contraceptivos: preservativos externos e internos, DIU de cobre, anticoncepcionais orais e injetáveis, laqueadura e vasectomia. Apenas os preservativos previnem contra ISTs.
Incorporação ao SUS
A decisão de incorporar o Implanon foi tomada em julho de 2025 pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Desde então, o Ministério da Saúde atualizou diretrizes clínicas, adquiriu os insumos e iniciou a qualificação de profissionais para viabilizar a nova política de planejamento reprodutivo.
