
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (24), em discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), que não há cessar-fogo na guerra porque a Rússia “se recusa a chegar a um acordo”. O líder ucraniano também acusou Moscou de sequestrar milhares de crianças desde o início do conflito, que já dura mais de três anos, e fez um apelo pela devolução delas.
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Zelensky alertou ainda para o risco do uso de armas nucleares e denunciou novos ataques russos contra a usina de Zaporizhzhia, a maior instalação nuclear da Europa.
Trump muda tom sobre a guerra
Na véspera, durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom mais confiante em relação ao conflito e afirmou acreditar que a Ucrânia pode reconquistar todo o território ocupado pela Rússia desde 2022.
Entenda a guerra
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e atualmente controla cerca de 20% do território ucraniano. No mesmo ano, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Moscou segue avançando lentamente pelo leste e não demonstra intenção de recuar de seus objetivos militares. Já Kiev intensificou os ataques em território russo, alegando ter como alvo a infraestrutura essencial do Exército de Putin.
O governo russo, por sua vez, aumentou a ofensiva aérea com drones e mísseis. Ambos os lados negam atacar civis, mas estimativas apontam milhares de mortes, a maioria de ucranianos.
Segundo os Estados Unidos, 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou ficaram feridas desde o início da guerra.