Rafael Franzoni diz no Debate da Pan que Figueirense ganha fôlego institucional para projetar novos passos

Por: Carlos Alberto Ferreira
em 17/12/2025 às 18:25
Dirigente foi o convidado do Debate da Pan Foto: Reprodução / JP News

A entrevista do diretor executivo do Figueirense, Rafael Franzoni, ao Debate da Pan, nesta quarta-feira, com comando de Paulo Branchi e participação da equipe, serviu para esclarecer um momento-chave da história recente do clube. A decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina de manter o plano de pagamento aos credores, aprovado em assembleia, não é a homologação final, mas representa uma ratificação fundamental do que foi construído com muito trabalho ao longo de meses, talvez anos. Um passo decisivo para o clube “tocar a vida”, como definiu Franzoni, e abrir caminho para a chegada de investidores.

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A fala foi clara ao tratar do tamanho da conquista e, ao mesmo tempo, da necessidade de cautela. Não há clima de comemoração, mas de continuidade. A pendência jurídica ainda vai demandar tempo, especialmente na avaliação das garantias, agora reforçadas com cotas da SAF. Com a troca do juiz da vara, os prazos podem se estender até fevereiro ou março, o que exige paciência e responsabilidade. Ainda assim, a convicção é de que as garantias serão suficientes e de que o processo avança em direção a um cenário mais estável para todas as partes.

Franzoni também deixou evidente a relação direta entre associação e SAF. O que acontece em uma, reflete na outra. A partir da homologação definitiva, o clube inicia os pagamentos e passa a cumprir o plano em sua plenitude, algo essencial para recuperar credibilidade no mercado. Paralelamente, o Figueirense aguarda a liberação do terreno do antigo ginásio e começa a se preparar para analisar propostas de investimento. E aqui o discurso foi maduro: entrar numa SAF não é apenas matemática financeira, mas um “casamento” que precisa ser duradouro, alinhado com a visão de futebol, patrimônio e gestão.

Dirigente passa otimismo com passo gigante em direção ao futuro Foto: JP News

No campo esportivo, o planejamento segue blindado. A direção reforça que o clube não desistirá de competir forte, independentemente da entrada de investidores. A meta é clara: montar uma equipe competitiva para o Campeonato Catarinense, Copa do Brasil e a busca pelo acesso à Série B. Com a mudança no formato do Estadual, cada jogo vira decisão. A chegada de Waguinho, ao lado de Daniel Kaminski, marcou a mudança de perfil do elenco, com preparação antecipada, férias mais curtas e trabalho iniciado cedo para colher resultados diferentes.

A entrevista também trouxe sinais positivos fora das quatro linhas. O gerente de comunicação e marketing, John Léo, anunciou a apresentação do elenco no dia 3 de janeiro, com evento festivo para aproximar o torcedor. A campanha “12×10” para sócios (paga 10 mensalidades e recebe 12) surge como estratégia importante de caixa e fidelização na virada do ano. Além disso, o clube estará na Copa São Paulo de Futebol Júnior, com pelo menos dez atletas integrando posteriormente o elenco profissional, incluindo jovens do Sub-17. Um conjunto de ações que mostra um Figueirense organizado, consciente do momento e, sobretudo, preparado para virar a página.