La Niña traz chuva intensa a Santa Catarina na primeira quinzena de novembro; veja previsão

Fenômeno climático deve provocar temporais, granizo e ventania, especialmente no Oeste catarinense; calor mais forte só deve se firmar a partir da segunda quinzena do mês
Por: Jéssica Schmidt
em 30/10/2025 às 14:34 - Atualizado há 3 horas.
La Niña traz chuva intensa a Santa Catarina na primeira quinzena de novembro
Foto: Divulgação

O mês de novembro será marcado por chuvas intensas em Santa Catarina, principalmente durante a primeira quinzena. A previsão da Epagri-Ciram indica que o aumento no volume de precipitação está associado à passagem do fenômeno La Niña pelo Estado.

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As regiões Oeste e Meio-Oeste devem ser as mais afetadas, enquanto o Planalto e o Litoral devem registrar índices de chuva próximos à média dos anos anteriores.

Durante o mês, os catarinenses devem enfrentar períodos de chuva forte intercalados com dias de tempo firme, sobretudo na segunda metade de novembro. No Oeste, no entanto, a previsão aponta intervalos mais prolongados de estiagem, com baixa umidade do ar e temperaturas elevadas.

Em janeiro, o cenário deve mudar: as chuvas voltam a ocorrer com maior frequência e regularidade.

Fenômeno deve ser breve, mas intenso

A Epagri-Ciram alerta que, entre novembro e janeiro, Santa Catarina deve registrar episódios de chuva intensa em curto período de tempo, acompanhados de temporais, granizo, ventania e raios.

Nas áreas litorâneas — incluindo a Grande Florianópolis, o Litoral Norte, o Vale do Itajaí e o Planalto Norte —, podem ocorrer chuvas mais persistentes e com altos acumulados, especialmente em dezembro e janeiro.

Média histórica de chuva e comportamento do clima

Em novembro, a média mensal de precipitação varia entre 130 e 180 milímetros, reduzindo em relação a outubro. Já em dezembro, as chuvas tendem a ocorrer de forma mais isolada e passageira, típicas do verão, com acumulados entre 150 e 190 milímetros na Grande Florianópolis e no Extremo Oeste ao Litoral Norte.

Nas demais regiões, os volumes ficam entre 130 e 150 mm. Em janeiro, a média mensal sobe para 140 a 200 milímetros.

As chuvas estão associadas à passagem de frentes frias, à formação de sistemas de baixa pressão e aos SCM (Sistemas Convectivos de Mesoescala), que costumam provocar precipitações mais intensas — principalmente no Extremo Oeste, Oeste e Meio-Oeste.

A formação de ciclones extratropicais deve diminuir no litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos próximos meses.

Nevoeiros e frio tardio antecedem o calor

Nevoeiros com redução de visibilidade serão comuns nas madrugadas e manhãs de novembro e dezembro, especialmente no Litoral e no Vale do Itajaí.

Com a influência do La Niña, as temperaturas devem ficar acima da média no Oeste e ligeiramente abaixo da média no Leste. O calor mais intenso deve demorar a se estabelecer, e episódios de frio tardio, com temperaturas próximas de 0°C e formação de geada nas áreas altas do Planalto Sul, ainda podem ocorrer na primeira quinzena de novembro.

A partir da segunda metade do mês e ao longo de dezembro, o calor ganha força, com tardes quentes e temperaturas que podem ultrapassar os 30°C, indicando que o verão catarinense começa, enfim, a se aproximar.