Túmulo de menina de 7 anos é violado e crânio furtado em São José

Suspeito do crime foi preso na última sexta-feira, com a ossada e a imagem de uma santa em uma mochila
Por: Jéssica Schmidt
em 07/11/2025 às 15:02 - Atualizado há 2 horas.
Túmulo de menina de 7 anos é violado e crânio furtado em São José
Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

Uma menina de sete anos, que morreu por conta de um tumor cerebral, teve o túmulo violado e o crânio furtado em São José, na Grande Florianópolis, na última sexta-feira (31). A mãe da criança conta, angustiada, que terá que enterrar, pela segunda vez, a própria filha.

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O suspeito de furtar o crânio do cemitério São João Batista estava em um bar e foi preso em flagrante, na última sexta. Conforme informações da Polícia Militar, ele estava com o crânio da criança — em avançado estado de decomposição — e uma imagem de santa dentro de uma mochila, e afirmou que utilizaria os itens em um ritual de magia.

Talita, de 7 anos, faleceu em 13 de setembro, após lutar por quatro anos contra um câncer no cérebro. Inicialmente, ela foi enterrada em uma gaveta do lado direito, na parte inferior do cemitério. Em 30 de outubro, Tuani Cristina Alves, mãe da menina, abriu uma rifa para arrecadar o valor necessário para dar um túmulo para a criança. No dia seguinte, a gaveta foi violada e o crânio da menina foi furtado.

Ao portal ND Mais, a mãe desabafou: “Tenho o sentimento de estar enterrando ela pela segunda vez. Eu já estava lidando melhor com a partida dela, mas depois do ocorrido retrocedeu tudo. Estou me sentindo pior do que quando ela nos deixou.”

Inicialmente, a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) informou que o crânio roubado era de um homem, mas a informação foi retificada em seguida. A mãe viu a notícia de que um crânio no cemitério onde enterrou a filha havia sido furtado e que, enviou o marido no local para verificar no domingo (2), dia dos Finados.

“Quando ele chegou lá, com flores, me ligou desesperado e disse que o túmulo dela estava todo quebrado”, lembra.

Mesmo assim, Tuani conta que o coveiro negava que fossem os ossos da filha os que foram levados:

“Sinto muita indignação, pois aconteceu e eles não informaram nada. Quando meu marido esteve no cemitério, falou com o coveiro e ele só disse que tinha feito boletim de ocorrência e que na segunda ia lacrar o túmulo. De tanto eu insistir, minha amiga chamou a polícia, aí abriram o caixão e realmente era o crânio dela que tinham levado.”

A gaveta onde o corpo de Talita está foi fechada na segunda-feira (3) e a família aguarda as autoridades devolverem o crânio para abrirem novamente o caixão e enterrá-la em um novo túmulo. Um boletim de ocorrência foi registrado e a família pede justiça. O Portal ND Mais tentou contato com o cemitério, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.

Com informações de ND+.