
Começa nesta terça-feira (29) o julgamento de Márcio de Oliveira Bigois, de 47 anos, acusado de matar a esteticista Michele de Abreu Oliveira, morta em Palhoça em 2024, aos 42 anos. Ele responde por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores, podendo pegar até 37 anos de prisão.
Clique aqui e receba as notícias do Tudo Aqui SC e da Jovem Pan News no seu WhatsApp

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido cometido com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo de gênero (feminicídio).
Histórico de violência
Michele havia denunciado o ex-companheiro por violência doméstica em abril de 2024 e chegou a receber uma medida protetiva de urgência, posteriormente revogada a pedido dela. Pouco depois, em 12 de maio, foi dada como desaparecida.
Nove dias após o desaparecimento, a Polícia Civil encontrou o corpo da vítima enterrado na casa onde vivia com Márcio e o filho do casal. O local apresentava sinais de reforma recente no piso da cozinha, o que levantou suspeitas durante as buscas.
Exames periciais mostraram que Michele foi morta com violência extrema, apresentando ferimentos repetidos nas mãos, face e tórax, além de traumatismo cranioencefálico causado por afundamento no crânio.
Envolvimento do filho
De acordo com a investigação, o adolescente, filho do casal, foi coagido a auxiliar na execução do crime. Ele foi apreendido em 2024 e permanece sob custódia.
Em entrevista, o filho mais velho de Michele relatou que a mãe era constantemente ameaçada:
“A gente tentava conviver porque pensava que ele ia mudar. Minha mãe falava direto que ele era um psicopata, um sociopata”, contou Alef Douglas Oliveira da Silva, acrescentando que também sofreu ameaças do acusado.
Defesa
A defesa de Márcio de Oliveira Bigois, representada pelos advogados Matheus Menna e Osvaldo Duncke, afirmou que irá se manifestar apenas nos autos do processo.