O CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) incorporou um novo modelo de máscara com sistema de comunicação integrado aos seus EPRs (Equipamentos de Proteção Respiratória), marcando um avanço importante na segurança e na eficiência das operações.
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As máscaras utilizam tecnologia Bluetooth para transmitir áudio diretamente ao rádio HT dos bombeiros, permitindo a comunicação contínua entre as equipes de campo e o comando da operação. Isso significa que, mesmo com o rosto totalmente protegido, o militar pode se comunicar com clareza durante o combate a incêndios ou em missões de busca subaquática.
O tenente-coronel George de Vargas Ferreira, comandante do 7º BBM (Batalhão de Bombeiros Militar), explica que nas operações de incêndio a comunicação sempre foi um dos grandes desafios enfrentados pelas equipes.
“A adoção dos novos Equipamentos de Proteção Respiratória com sistema de comunicação integrada representa um avanço significativo nesse aspecto, pois garante tanto a segurança na comunicação de quem está dentro do incêndio quanto de quem está fora, coordenando a operação”, esclarece o tenente-coronel Ferreira.
Segundo o oficial, os equipamentos também contam com outros recursos importantes, como o “alerta de homem morto”, que identifica quando o bombeiro permanece imóvel por um determinado período, e a possibilidade de fornecer oxigênio para outro militar em situação de emergência dentro do incêndio.
“Trata-se de um avanço fundamental, estratégico e importante, que demonstra a preocupação constante do CBMSC com a segurança e o bem-estar de todo o efetivo”, destaca o comandante do 7º batalhão.
Além do combate a incêndios, o CBMSC também está expandindo o uso de tecnologias de comunicação para as operações subaquáticas. Quartéis como Florianópolis, Chapecó e, mais recentemente, Itajaí, já contam com máscaras “full face” com sistema de comunicação integrado, que permitem aos mergulhadores manter contato direto com a superfície durante as missões.
O major João Emiliano de Moura Silva Miranda, subcomandante do 7º BBM, ressalta que a atividade de mergulho está entre as mais arriscadas desempenhadas pelo bombeiro militar. “Os mergulhos geralmente ocorrem em locais sem visibilidade, com possibilidade de enrosco e fundos irregulares, o que aumenta os riscos durante as operações”, complementa o major Moura.
Na atividade de mergulho, as máscaras com comunicação via Bluetooth também proporcionam mais conforto e segurança ao mergulhador. O conjunto de comunicação subaquática permite a troca de informações entre os mergulhadores e com a equipe que permanece na superfície, no comando da operação.
O major destaca ainda que, tradicionalmente, a comunicação durante mergulhos é feita por meio de toques físicos ou sinais com corda, considerando a baixa visibilidade. “Com o novo sistema, o ambiente de resgate torna-se mais seguro e eficiente, tanto para as equipes submersas quanto para o gerenciamento das ações de busca e resgate subaquático”, conclui o subcomandante.
Os novos equipamentos já passaram por testes operacionais, com resultados positivos, e reforçam o compromisso do CBMSC com a segurança da corporação.
