Santa Catarina atinge 65 mil focos de mosquito da dengue em menos de um ano

Estado também registra 239 municípios com casos prováveis de dengue, de acordo com último balanço
Por: Redação Jovem Pan News
em 16/12/2025 às 15:03 - Atualizado há 1 minuto.
aedes_aegypti Florianópolis
Foto: Agência Brasil/Reprodução

Santa Catarina atingiu, nesta terça-feira (16), a marca de 65 mil focos de Aedes aegypti em 2025 – mosquito causador da dengue, chikungunya e zika vírus. As informações são do Painel de Monitoramento de Arboviroses, divulgadas pelo Cieges SC (Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do Sus).

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Dos 295 municípios de Santa Catarina, 239 já registraram casos prováveis de dengue, o equivalente a 81% do território. Florianópolis estima 6.505 menções prováveis da doença.

A chegada da temporada de verão é um fator decisivo para a maior incidência de Aedes aegypti neste fim de ano.

“As condições climáticas começam a ser muito favoráveis para a reprodução do mosquito”, explica o diretor da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado), João Augusto Fuck.

Queda na dengue, aumento na chikungunya 

Apesar do alto número de focos do mosquito em Santa Catarina, até metade deste dezembro o Dive registrou apenas 18.236 casos confirmados de dengue. Em 2023, o índice chegou a 119.081 casos. No último ano, em 2024, esse número chegou a 325.373 — quase 18 vezes a mais do que hoje.

Apesar disso, o informe registrou 2.799 notificações de chikungunya. São 840 prováveis e 699 confirmados. Isso representa um aumento de 577,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando haviam sido contabilizados 124 casos prováveis. Até o momento, quatro óbitos pela doença foram confirmados.

Ações recomendadas

O Dive divulgou ações simples, mas eficazes, no combate aos casos. São eles:

  • Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
  • Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
  • Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
  • Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
  • Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
  • Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
  • Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

* Por Ana Horst