
Os casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas em São Paulo têm crescido nos últimos dias.
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Na terça-feira (30), o governador Tarcísio de Freitas afirmou que o estado paulista acumula 22 casos de intoxicação – entre suspeitos e confirmados –, com 17 desses ainda sendo apurados. Cinco mortes devido ao consumo de metanol foram identificadas até o momento – uma confirmada e quatro em investigação.
A preocupação cresce conforme mais casos são reportados, e é preciso redobrar a atenção enquanto mais informações sobre o caso não são divulgadas.
Como identificar se uma bebida está adulterada com metanol?
Segundo o médico toxicologista Alvaro Pulchinelli, não é possível identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas adulteradas.
“O metanol não tem cheiro desagradável, não tem gosto desagradável, e com isso ele se mistura bem na bebida, então a pessoa ingere de forma que ela não percebe que está tomando”, explicou ele.
A única maneira de identificar a adulteração seria submeter a bebida a uma análise clínica para identificar quais substâncias estão presentes.
Como diminuir os riscos de intoxicação por metanol?
“A medida extrema para evitar o risco seria a abstinência total. Lógico, isso é uma utopia, algo que a gente não consegue fazer na prática. O que a gente consegue é orientar as pessoas”, falou Pulchinelli.
Algumas destas orientações são:
- Consumir bebidas alcoólicas com moderação;
- Adquirir bebidas alcoólicas em locais de boa procedência e de fornecedores confiáveis;
- Frequentar bares e restaurantes de confiança;
- Ficar atento a possíveis sintomas de intoxicação.
Quais são os sintomas de intoxicação por metanol?
Para o médico toxicologista, os sintomas de intoxicação por metanol são traiçoeiros, pois inicialmente se assemelham à intoxicação por álcool comum. São eles:
- tontura
- fala arrastada
- andar cambaleante
- raciocínio lento
- capacidade de julgamento diminuída
No caso da intoxicação por metanol, no entanto, os sintomas começam a se exacerbar entre um período de seis horas até dois dias após o consumo, afetando a visão do paciente. Este é o momento de consultar um médico para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.
“A pessoa percebe que os sintomas estão mais fortes, principalmente náusea, vômito, respiração acelerada e alteração visual. A pessoa começa a sentir a visão borrada ou brilhante, ou até mesmo diminuir a visão, podendo chegar até a perda completa da visão. Essa perda, aliás, pode até ser irreversível”, acrescentou Pulchinelli.
Os sintomas podem aparecer separadamente ou todos de uma vez, e também podem demorar períodos diferentes para se manifestar em cada pessoa.
Com informações de CNN Brasil.