Santa Catarina lidera ranking nacional de segurança alimentar, segundo IBGE

Estado alcança 90,6% de domicílios em situação de segurança alimentar — maior proporção do país — e se destaca por políticas públicas integradas
Por: redacao
em 21/10/2025 às 12:00 - Atualizado há 5 horas.
Santa Catarina lidera ranking nacional de segurança alimentar, segundo IBGE
Foto: Helena Marquardt/Ascom SAS

Santa Catarina é o Estado com maior proporção de domicílios em situação de segurança alimentar no Brasil, segundo dados da PNADC/A (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual), divulgada pelo IBGE em 10 de outubro de 2025.

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De acordo com a pesquisa, 90,6% dos lares catarinenses se enquadram em situação de segurança alimentar — ou seja, possuem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. O resultado coloca o Estado na liderança nacional, seguido por Espírito Santo (86,5%), Rio Grande do Sul (85,2%), Paraná (84,7%) e Goiás (82,1%).

Além da análise por domicílios, Santa Catarina também lidera o ranking quando se considera a proporção da população residente nesses lares: 90,1% da população catarinense vive em domicílios com segurança alimentar — índice superior à média nacional de 74,2%.

Resultado de políticas públicas integradas

Para o secretário de Estado do Planejamento, Fabrício Oliveira, o bom desempenho é fruto de um conjunto de ações articuladas entre diferentes setores do governo estadual:

“Os resultados refletem as ações do Governo do Estado, da cadeia produtiva catarinense e do perfil trabalhador da população. Demonstram, na prática, como a população é impactada por políticas públicas como as implementadas pelo governador Jorginho Mello e que alavancam a qualidade de vida e a realidade socioeconômica no estado. Santa Catarina ainda apresenta a menor taxa de desemprego do país, o segundo maior rendimento médio do trabalhador e o menor índice de desigualdade. Somando-se a isso, temos programas voltados para a merenda escolar e tantas outras ações sob a coordenadoria da Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina”, afirmou o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.

Já a secretária de Assistência Social, Mulher e Família, Adeliana Dal Pont, aponta a integração entre as áreas de agricultura, assistência social e emprego formal como um dos fatores centrais para o bom resultado:

“Temos uma agricultura diversificada, projetos voltados para o desenvolvimento social e índices positivos de emprego. O fato de muitas pessoas terem carteira assinada, com renda estável, também influencia diretamente na segurança alimentar, pois quem tem renda, tem condições de escolher o que consumir e garantir o sustento da família com dignidade”, explica.

A coordenadora de Segurança Alimentar de Santa Catarina, Juliana Rocha Pires, reforça que a segurança alimentar envolve também a Saúde, Educação, Assistência e Agricultura. “É um conjunto de esforços que caminham lado a lado para garantir o direito básico à alimentação de qualidade”, diz.

Ela comenta que na Agricultura, por exemplo, a atuação é voltada para fortalecer a produção e torná-la mais sustentável. Isso inclui programas de redução do uso de agrotóxicos, incentivo à produção orgânica e distribuição de sementes para pequenos agricultores. “Essas ações não apenas garantem alimentos mais saudáveis, mas também fortalecem a economia local e valorizam o trabalho no campo”, completa Juliana.

Segurança Alimentar

A PNADC/A do IBGE considera em insegurança alimentar domicílios onde, nos últimos três meses, moradores relataram preocupação ou restrição alimentar por faltar recursos. Em suma, as situações incluem medo de faltar alimento, falta de comida, alimentação inadequada ou restrita por falta de dinheiro. O IBGE classifica a insegurança alimentar como leve, moderada ou grave, conforme a restrição observada na qualidade e quantidade de alimentos consumidos no domicílio. 

No Brasil, a situação de segurança alimentar no domicílio teve a proporção média de 75,8%. No contexto, os estados de Santa Catarina (90,6%), Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Acre ficaram acima da média.

Convém ressaltar que os dados apresentados anteriormente consideram a distribuição percentual dos domicílios. Ou seja, consideram a proporção de lares tendo como base de cálculo o total de domicílios no universo da pesquisa.

Além da liderança de Santa Catarina nesse indicador, o Estado ocupou o topo do ranking quando considerada a distribuição percentual dos moradores em domicílios, isto é, a proporção da população residente nos lares. Nessa base de cálculo, Santa Catarina conquistou, também, a primeira melhor proporção em Segurança Alimentar (90,1%), atrás do Espírito Santo (85,8%) e acima da média nacional (74,2%).