Efeitos do ciclone que atingiu SC poderiam ter sido menores em São José, alerta vereador

Estragos estariam ligados à falta de mecanismos preventivos; Prefeitura de São José afirma que a denúncia é improcedente
Por: Redação Jovem Pan News
em 12/12/2025 às 15:37 - Atualizado há 3 dias.
são josé sc alagamento
Residência com dez quitinetes em São José precisou ser interditada. Foto: Divulgação.

A falta de mecanismos de prevenção contra alagamentos, enchentes e deslizamentos em São José foi a razão dos estragos registrados no município durante o ciclone extratropical que atingiu Santa Catarina no início desta semana. É o que acredita o vereador Cryslan de Moraes (Novo), que também afirma que os problemas podem se tornar crônicos caso nada seja feito a curto prazo.

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Segundo o parlamentar, foi solicitado à Prefeitura, em fevereiro, informações sobre o Plano Diretor de Drenagem Urbana no município. O documento orienta ações permanentes para enfrentamento de problemas pluviais e seria apresentado em seis meses pelo Poder Público. Segundo Cryslan, a solicitação não atendida. 

Em setembro, de acordo com Cryslan, um novo ofício teria sido encaminhado solicitando o desassoreamento do rio Forquilhas.

“A Prefeitura de São José realizou limpezas, mas moradores relataram que a ação ficou restrita a um pequeno trecho, sem atingir toda a extensão do rio. Sem um trabalho completo, o risco de alagamentos continua e a sujeira ficou evidente hoje quando estive hoje no local”, diz.

O vereador afirma, ainda, que como efeito da suposta leniência da Prefeitura, os moradores da região tiveram que “contar com a sorte”.

“No rio Forquilhas, a água veio com muita força, chegou a pouquíssimos centímetros de atingir ao menos 50, 60 casas, na região do [Loteamento] Benjamin. O pessoal já estava passando todos os móveis para o segundo andar. Ao lado do rio Maruim, uma casa precisou ser interditada porque o rio veio com muita força e acabou levando o muro da residência. 

O que diz a Prefeitura de São José

Por meio de nota oficial, o Executivo josefense afirma que, desde 2022, executa ações de desassoreamento em rio, córregos, valas e galerias do município “em uma iniciativa que representa o maior investimento já realizado na história da cidade em obras de macrodrenagem”

“As intervenções contemplam limpeza, remoção de sedimentos, readequação de estruturas de drenagem e recuperação de trechos assoreados. O trabalho é realizado de forma contínua, envolvendo planejamento prévio, mapeamento dos pontos críticos e atuação simultânea em diferentes regiões”, diz o documento.

Entre os locais atendidos estão áreas tradicionais de acúmulo de água, próximas a cursos d’água e redes pluviais antigas. Segundo a administração municipal, as ações seguirão em ritmo avançado ao longo dos próximos meses, visando preparar a cidade para períodos de maior incidência de chuvas e garantir mais tranquilidade aos moradores.

*por Bruno Gallas