
Um mês após a morte de Ana Carolina da Silva e Jefferson Sagaz, encontrados sem vida dentro de uma banheira em um motel às margens da BR-101, em Florianópolis, o caso segue sem uma causa definitiva. A Polícia Civil de Santa Catarina solicitou mais 60 dias para a conclusão do inquérito.
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Segundo informações divulgadas recentemente, o laudo da necrópsia apontou ausência de traumas físicos por ação mecânica e identificou alta temperatura nos órgãos internos das vítimas. Ainda assim, os exames preliminares foram considerados inconclusivos, o que mantém o caso em aberto.
Em 26 de agosto, a Polícia Civil de Santa Catarina divulgou uma nota atualizando o caso do casal encontrado morto em um motel. A principal hipótese de morte acidental foi mantida, mas a corporação aguarda a conclusão do laudo com exames complementares para dar o caso como encerrado.
A Polícia Civil explica que a investigação considera o contexto do casal, Ana Carolina da Silva e Jefferson Sagaz, antes do desaparecimento. Eles foram vistos pela última vez na noite de 10 de agosto, quando saíram de um bar no bairro Coqueiros, na região continental de Florianópolis.
De lá, o casal teria ido ao estabelecimento à beira da BR-101, onde seus corpos foram encontrados sem vida no dia 11. Laudo inconclusivo e a falta de sinais de violência em casal morto
Os exames preliminares realizados nos corpos do casal não apontaram qualquer tipo de violência. Segundo a Polícia Civil, a ausência de traumas é um fator crucial, mas por enquanto, a causa da morte é considerada “inconclusiva”.
A Polícia Científica, agora, deve realizar exames complementares, como os toxicológicos, para determinar o que de fato provocou a morte.
Em entrevista ao portal ND Mais, o mestre em Ciências Forenses Roberto Meza Niella reforçou que somente o laudo toxicológico poderá esclarecer a causa da morte.
“O fato de estarem fazendo exames complementares — que eu acredito que sejam toxicológicos — tem mais a ver com a possibilidade de detectar algum tipo de substância além do álcool, que já se sabe que eles beberam”, explicou Niella.
Os corpos de Ana Carolina e Jefferson Sagaz foram encontrados dentro da banheira do quarto, ainda com água quente. Como fazia frio na noite do incidente, o ar-condicionado também estava ligado no modo aquecimento.
O especialista explica que essa condição pode ter retardado o processo de resfriamento dos corpos. “O corpo, quando perde os sinais de vida, ele tende a ir esfriando gradativamente, mas neste caso, eles estavam imersos em água e em um ambiente com temperatura alta. Isso, de uma certa forma, retarda tudo”, destacou.
Apesar da cena, o perito forense, que atua há mais de 25 anos na área, descarta a possibilidade de choque-térmico ou inalação de monóxido de carbono.
A hipótese de afogamento provocado por hipertermia — quando o corpo não consegue regular a temperatura interna e ultrapassa os 40°C — também foi desconsiderada, pois os sinais seriam visíveis na necropsia.
Niella finaliza explicando por que algumas mortes podem ser misteriosas no início. “Geralmente, essas mortes parecem misteriosas porque o mecanismo que levou ao óbito não é fácil de ser identificado. Contudo, com as perícias, elas acabam sendo elucidadas”.
Com informações de ND+.