
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou que o ex-deputado federal Roberto Jefferson receba acompanhamento de médicos particulares enquanto cumpre prisão domiciliar. A decisão permite visitas de psiquiatra, nutricionista e fisioterapeuta, além da presença quinzenal de um barbeiro.
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Segundo Moraes, o atendimento psiquiátrico é necessário devido aos riscos de administração inadequada de medicamentos e ao histórico de dependência. Todos os procedimentos, presenciais ou virtuais, deverão ser previamente comunicados à Corte, com dias, horários e tratamentos especificados.
O despacho levou em conta relatórios médicos enviados em maio à PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontaram quadro clínico delicado: crises convulsivas, desnutrição calórico-proteica, possível infecção oral, depressão grave e histórico de câncer (pâncreas, tireoide e cólon), além de diabetes.
Condenação e restrições
Jefferson foi condenado a nove anos de prisão por incitar crimes, atacar os Poderes da República, além de calúnia e homofobia. Está em prisão domiciliar desde junho, após ser transferido do presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro.
O ex-parlamentar, preso em 2022 por atirar contra policiais federais durante uma operação, cumpre medidas restritivas: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o país, de usar redes sociais ou conceder entrevistas.
As visitas continuam limitadas a advogados, familiares e pessoas previamente autorizadas pelo STF, e saídas temporárias dependem de autorização expressa da Corte.