Brasileira deve receber indenização de US$ 82 milhões, após perder braço e perna ao ser atingida por metrô em Nova York

Júri concluiu que a MTA foi negligente ao ignorar riscos conhecidos de quedas nos trilhos
Por: Jéssica Schmidt
em 01/12/2025 às 15:44
Brasileira deve receber indenização de US$ 82 milhões, após perder braço e perna ao ser atingida por metrô em Nova York
Foto: Facebook/Divulgação

A brasileira Luísa Janssen Harger da Silva, de 31 anos, deve receber uma indenização de cerca de US$ 82 milhões, aproximadamente R$ 437 milhões, após perder uma perna e um braço ao ser atingida por um trem no metrô de Nova York há quase 10 anos.

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De acordo com o Estadão, o júri de um tribunal federal do Brooklyn concluiu, na última semana, que a MTA, companhia responsável pelo transporte público no estado de Nova York, foi negligente por não tratar com a devida seriedade o problema de pessoas caindo nos trilhos.

Formada no Curso de Arquitetura e Urbanismo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luísa estava de férias nos Estados Unidos quando desmaiou na plataforma do metrô e caiu nos trilhos da estação Atlantic Avenue, e foi atropelada por um trem que se aproximava, em agosto de 2016, segundo o New York Post.

A brasileira, na época com 21 anos, ficou internada por 24 dias e passou por cirurgias e enxertos de pele. A defesa da vítima afirmou que a MTA acumulou, ao longo de 15 anos, informações suficientes para saber que quedas de passageiros nos trilhos eram previsíveis e que, mesmo assim, a empresa não instalou dispositivos de segurança nas bordas das plataformas para evitar esse tipo de acidente, ainda de acordo com o New York Post.

A MTA recorreu da decisão e afirmou discordar do veredicto, segundo o jornalista americano Tim Minton. Luísa Janssen Harger da Silva realizou um ano de intercâmbio em Tecnologia Arquitetônica na University of Westminster, em Londres (2014–2015), e concluiu um mestrado em Arquitetura pela City University of New York, em 2020, conforme o Estadão.

Atualmente, Luísa mora no Brooklyn, em Nova York, e utiliza próteses para substituir os membros que perdeu. Ela atua no desenvolvimento de normas como integrante do Comitê Técnico de Acessibilidade do próximo Código de Construção de Nova York, conforme informado pela APA (Accessibility Professionals Association).

Também trabalha como consultora de acessibilidade, especializada em conformidade e soluções de acessibilidade para projetos arquitetônicos nos Estados Unidos.